Não se iluda, Latino Homem
Com as luzes de Canaã
Que vem do norte
Com a sorte ao fronte
Lhe prometendo o amanhã
Lá somos gado
Para o abate
À revelia anfitriã
Tente descobrir quem eles são
Não se iluda, Latino Homem
Com tanta pacificidade
Quem já viu
O anjo da morte
Sabe as cores do seu traje
Quantos coturnos
De ação de graça
Marcharam a sua maldade?
Tente descobrir quem eles são
Não se iluda, Latino Homem
Há formas de escravidão
O demônio
É democrático
Enquanto o furta num grilhão
Impera o mundo
Como um celeiro
Deus abençoe a sua nação
Tente descobrir quem eles são
Orificio dos Deuses
Aqui jaz uma banda de rock!
segunda-feira, 17 de abril de 2017
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Deixe Cair
Deixe cair a lua no copo
Deixe cair a leveza do ser
Deixe cair a mão que afaga
Mais um cigarro para acender
Deixe cair a guilhotina
O último herói, enterre!
Rasgue tudo o que te constela
Deixe cair o espelho que te veste
Deixe cair o Cristo da cruz
Deixe cair tudo o que é nobre
Deixa cair o próximo luto
E que caia do B-29
Refrão: deixe a lona do circo queimar
Deixe cair a leveza do ser
Deixe cair a mão que afaga
Mais um cigarro para acender
Deixe cair a guilhotina
O último herói, enterre!
Rasgue tudo o que te constela
Deixe cair o espelho que te veste
Deixe cair o Cristo da cruz
Deixe cair tudo o que é nobre
Deixa cair o próximo luto
E que caia do B-29
Refrão: deixe a lona do circo queimar
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Na Trilha do Pó
Verte-nos em grelo
A próxima Bíblia
Na sorte ou na morte
No toque de Midas
Famintos por nada
No fastio de réguas
Quantas mil ressacas
Desposam quimeras?
Vide o vazio
Vide cores múltiplas
Mercado de sentido
Todos prostitutas
O prepúcio costurado
O fogo apagado
A maça repositada
E o Cristo indenizado
Ei, e lá vamos nós
Um tanto roucos e gagos
Dançando com diabos
na trilha do pó
A próxima Bíblia
Na sorte ou na morte
No toque de Midas
Famintos por nada
No fastio de réguas
Quantas mil ressacas
Desposam quimeras?
Vide o vazio
Vide cores múltiplas
Mercado de sentido
Todos prostitutas
O prepúcio costurado
O fogo apagado
A maça repositada
E o Cristo indenizado
Ei, e lá vamos nós
Um tanto roucos e gagos
Dançando com diabos
na trilha do pó
domingo, 21 de fevereiro de 2016
O Equilibrista
Avante, rota mascarada
Vida pós-furação
Linha tênue que se traça
No abismo solidão
Tal qual tango embriagado
Pés que buscam precisão
Sou um suicida nato
Necessidade, profissão
Me equilibrando na contramão
Vida pós-furação
Linha tênue que se traça
No abismo solidão
Tal qual tango embriagado
Pés que buscam precisão
Sou um suicida nato
Necessidade, profissão
Me equilibrando na contramão
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
3302
Eu quebrei alianças
Dancei com Mefisto
Fiz asas de anjo
Fui apóstolo de Cristo
Assinei guerras
Tratos mundanos
Fui ferido e fera
Baritono e soprano
Já matei coral
em beira de estrada
Fui filho do mundo
Amante da pátria
Lidei com finanças
Cifrão do pecado
Fui cancerígeno
Também fui saudável
Já fui Clayton Moore
Fui Lee Van Cleef
Clint Eastwood
Christopher Reeve
Esposo, pai, filho
Dono de estrelas
Triste e alegre
Porém fortaleza
Mas chegou a hora, agora eu vou pra 3302...
Dancei com Mefisto
Fiz asas de anjo
Fui apóstolo de Cristo
Assinei guerras
Tratos mundanos
Fui ferido e fera
Baritono e soprano
Já matei coral
em beira de estrada
Fui filho do mundo
Amante da pátria
Lidei com finanças
Cifrão do pecado
Fui cancerígeno
Também fui saudável
Já fui Clayton Moore
Fui Lee Van Cleef
Clint Eastwood
Christopher Reeve
Esposo, pai, filho
Dono de estrelas
Triste e alegre
Porém fortaleza
Mas chegou a hora, agora eu vou pra 3302...
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Me Finjo de Morto
Me finjo de morto
Mas o sol tá no centro
Na noite vencida
Verdades ardendo
Me finjo de morto
Mas o seu tá mira
Liberto no cárcere
Caneta sangria
Me finjo de morto
Mas Deus não tá aqui
Não tá acolá
Nem menos ali
Me finjo de morto
Para ver sua calcinha
Debaixo do hábito
Vulcana heresia
__*__
"Naquele momento, acreditei no meu sucesso. Meu plano simples. Enfiei a ponta do prego na tampa e tracei uma reta, a mais longa possível, por onde passei o prego de modo a fazer um entalhe. Minhas mãos estavam enrijecendo, eu insistia com fúria" - A Morte deOlivier Bécaille - Émile Zola
__*__
Me finjo de morto
Ah, eu sou obsceno
Na língua chicote
Pau seno ao cosseno
Me finjo de morto
Mas eu sou dinamite
Lírico armado
Câncer de elite
Mas o sol tá no centro
Na noite vencida
Verdades ardendo
Me finjo de morto
Mas o seu tá mira
Liberto no cárcere
Caneta sangria
Me finjo de morto
Mas Deus não tá aqui
Não tá acolá
Nem menos ali
Me finjo de morto
Para ver sua calcinha
Debaixo do hábito
Vulcana heresia
__*__
"Naquele momento, acreditei no meu sucesso. Meu plano simples. Enfiei a ponta do prego na tampa e tracei uma reta, a mais longa possível, por onde passei o prego de modo a fazer um entalhe. Minhas mãos estavam enrijecendo, eu insistia com fúria" - A Morte deOlivier Bécaille - Émile Zola
__*__
Me finjo de morto
Ah, eu sou obsceno
Na língua chicote
Pau seno ao cosseno
Me finjo de morto
Mas eu sou dinamite
Lírico armado
Câncer de elite
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Kyno's Life
Acordei muito cedo
Antes do galo cantar
Com uma pergunta na cabeça
Por que tenho que trabalhar
E aguentar um engravatado querendo mandar?
Acendi duas velas
Fiz uma prece para Alá
Rodeei meu corpo com explosivos
Pronto para detonar
Aí, cheguei no meu chefe e disse: "vamos conversar..."
___*___
Às vezes me questiono
Será bênção ou maldição
Pedi minha garota em casamento
E ela me disse não
"Trate de ganhar dinheiro para pedir minha mão..."
Acabei perdendo ela
Não houve outra solução
Ela se juntou com um ricaço
E foi morar numa mansão
Depois de cinco anos, ele estava sem nenhum tostão...
___*___
Seguindo velhos hábitos
Liguei a TV para almoçar
Vi o presidente no noticiário
Falando o mesmo blá blá blá
E o progresso tão sonhado continua a afundar...
Cansado de tanta bobagem
Mudei o canal pra variar
Uma criança cai da janela
E a mídia quer lucrar
Deixo meu prato de lado e começo a vomitar...
___*___
Passei a noite em claro
Não dormi um minuto se quer
De manhazinha, a campanhia toca
E eu vou ver o que é
Era o senhor pastor querendo julgar minha fé
Eu disse: "pois não, amigo?"
"Seja como quiser"
"Mas vou logo te avisando"
"Cuidado com o que disser"
"Pois você corre o risco de virar o meu café..."
___*___
É engraçado como a cultura
virou uma velho de muleta
Todos querem ser artista
Todos querem ser estrelas
Hoje em dia, chamam de arte qualquer tipo de asneira
No teatro, dois palhaços
ganhando risos com rasteiras
No boteco, um boçal
Cantando um monte de besteiras
E uma platéia os aplaudem sem ter muita certeza...
___*___
"Combinado é combinado"
Esbraveja o anfitrião
"Já tomaram doze latas"
"E não gastaram um tostão"
"Agora suba no palco, não importa a situação"
São seis horas da matina
O corpo pede o chão
E uma platéia fantasma
Desvia a nossa direção
Foda-se a festa, aqui está a nossa gratidão...
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